[La categoría “debate” es una sección dedicada a discutir a partir de libros publicados por los contribuidores de Estudios de la Economía. En este post Cristiano Monteiro comenta Seguridad privada. La mercantilización de la vigilancia y la protección en la Argentina contemporánea (Miño y Dávila editores, 2014) de Federico Lorenc Valcarce. El debate a partir de este libro seguirá en unas semanas con un comentario de Rodrigo Figueroa y una respuesta a Monteiro y Figueroa de parte del autor]
Começo meu comentário agradecendo ao José pelo convite para comentar o livro de Federico Lorenc. Aproveito também para me desculpar com o próprio José e os demais colegas do blog por uma ausência relativamente longa neste espaço, devido ao acúmulo de atividades administrativas e a uma mudança recente do campus de Volta Redonda para o campus de Niterói da Universidade Federal Fluminense, período em que acabei assumindo funções nos dois campi ao mesmo tempo, o que me obrigou a suspender algumas atividades. É um prazer voltar a colaborar neste espaço, especialmente por se tratar da oportunidade de refletir sobre um livro que considero exemplar sob muitos aspectos, resultado de um trabalho sistemático e consistente de pesquisa, que constitui uma importante contribuição à literatura em Sociologia Econômica e, como argumentarei nos próximos parágrafos, com grande potencial para contribuir para a reflexão sociológica mais geral sobre a sociedade moderna.
Faço ainda um disclaimer, lembrando que não sou especialista no tema específico da segurança pública, nem domino os pormenores da história contemporânea da Argentina, para além das informações que sempre circulam na grande imprensa sobre os vizinhos latino-americanos. Quanto à discussão teórica, a Sociologia Econômica francesa predominantemente utilizada pelo autor não faz parte da bibliografia que mobilizo em minhas próprias pesquisas. Neste sentido, justifico minha opção por abordar o livro de uma perspectiva sociológica mais ampla, utilizando a Sociologia durkheimniana como “lente” através da qual li (com prazer) o trabalho de Federico.
O livro tem uma organização relativamente simples, com seis capítulos, além de um prefácio, uma introdução e uma conclusão. Como destacado no prefácio, os capítulos foram construídos ao longo de aproximadamente dez anos de pesquisa, cujos resultados parciais foram publicados em periódicos e capítulos de livro ao longo do período. Continue reading